Desde pequeno eu sempre ouvia meu pai
contar a briga que teve no Sítio Tataíra envolvendo o cangaceiro ‘Meia-Noite’ e
os homens do Coronel Zé Pereira, aquilo me fascinava, mas nunca imaginei que
fosse um dia contar tudo isso em cordel. Tornei-me rapaz, homem maduro e minha
admiração pelas histórias do cangaço aumentaram com tanta intensidade que busquei
saber a fundo como foi a passagem do Rei do Cangaço por essas bandas de São
José de Princesa, onde foi certeza os ‘acoitos’ dados a eles na Vila de Patos
de Irerê, Serra do Pau Ferrado, Saco dos Caçulas, e no sítio Tataíra.
E foi no Sítio Tataíra que viveu um
dos mais valentes cangaceiros já visto por este sertão, ‘Meia-Noite’ que depois
de ser expulso do bando de Lampião foi viver com sua amada Zulmira como um
cidadão comum. Só que ele tinha afrontado o Coronel José Pereira que era chefe
da região de Princesa Isabel e terminou sendo perseguido e caçado como um fora
da lei incapaz de viver inserido no meio das famílias da região.
Dentro de minha pesquisa com pessoas
mais velhas da região e com pessoas da localidade que sabem narrar o que
ouviram dos antepassados surgiu uma dúvida no nome correto da mulher do cangaceiro
Meia-Noite. Uns afirmaram que era Zulmira e outros dizem que realmente era
Alexandrina Vieira. O que deu pra colher com minhas andanças e pesquisas é que
Alexandrina Vieira realmente existiu e pode ter sido mesmo o nome de batismo da
mulher do cangaceiro e que Zulmira pode ter sido uma alcunha, um apelido
atribuído a essa destemida mulher que enfrentou as truculências da época e amou
sem medo e sem segredo o temido cangaceiro ‘Meia-Noite”.
RENA
BEZERRA
-Membro do Clube da Poesia
Nordestina – Serra Talhada - PE
COMO ADQUIRIR ESTE CORDEL, POETA?
ResponderExcluirKydelmir Dantas
Nova Floresta-PB