Hoje dia 29 de fevereiro (ano bissexto) último dia do mês e o sol já amanheceu por aqui em São José de Princesa no sertão da Paraíba, abrasador. Os roçados que vinham até a metade do mês num viço só, quando mais precisaram da chuva para completar o ciclo do seu crescimento, ela faltou e as lavouras de milho, feijão carioquinha e feijão de corda estão se acabando sem água. O milho não desenvolveu e já pendoou mesmo sem ter crescido o suficiente, o feijão carioca na flor, precisa de mais chuva para segurar algum carrego e o feijão de corda, o único que aguenta uma pequena estiagem , esse deu pela metade, pois o feijão de corda ligeiro, como se produz por aqui ele tem capacidade de dar até três carregos e só vai dar pra colher uma vez, como se ver aí na foto com agricultor e homem de muita fé nos santos de proteção, Ozório Vicente.
Como tudo nesse mundo estar entregue nas mãos de Deus, uma roça como essa tem a capacidade de dar aproximadamente umas 15 sacas de feijão de corda, se Deus quiser ainda pode dar, mas como as plantas já encerram a floração é quase certo que só dê pela metade, e é como diz o próprio Ozório: " a gente ainda tem que dar graças a Deus".
O que é de impressionar no homem do campo da mão calejada e rosto marcado com o avanço do tempo é o tamanho de sua fé em Deus e nos santos de proteção, como o santo querido senhor São José, no santo guerreiro contra a guerra, a fome e a peste, santo São Sebastião, em 'Padim Ciço' do Juazeiro, em Frei Damião e tantos outros venerados por esse povo forte do serão nordestino.
Aqui Ozório coloc no saco o que já colheu hoje de manhã, feijão de corda maduro e seco.
Fotos e texto;
Rena Bezerra