NOITE DE GALA DA POESIA

Sábado passado dia 25 de abril na cidade de Serra Talhada-PE , foi realizado mais uma edição do  VAMOS FAZER POESIA com mais uma organização do poeta Iranildo Marques e o Jornal Desafio, a festa foi no Maria's Recepções e foi apresentada pelo talentoso locutor e radialista manaírense Júnior Duarte . A região da Serra do Teixeira teve seus representantes nas figuras dos poetas Rena Bezerra de São José de Princesa, Neto Caçula outro sãojoseense mas que representou Princesa Isabel e o poeta Jayres Alves representando a cidade de Teixeira.

O festival contou com o comparecimento de 32 poetas de vários estados do Nordeste, como Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e claro, Pernambuco que era o anfitrião da festa. A abertura foi feita pelos repentistas Edezel Pereira princesense e irmão do homenageado (im memória) João Paraibano e pelo papa festival o afogadense Diomedes Mariano.

O festival foi vencido pela segunda vez pelo poeta/cantor serratalhadense Ruy Grudi, 2º lugar a poetisa Lucélia Santos de Patú-RN e em 3º lugar Simplício Lira-Pio, de Serra Talhada. Também foi homenageado na oportunidade o poeta Chico Pedrosa e Dede Monteiro.  

Chuvas de abril reanima os agricultores

O mês de março entregou ao mês de abril as roças bem prósperas e vistosas com o milho e o feijão enfeitando o cenário sertanejo e dizendo que a fartura estava garantida, mas entrou o mês de abril e a chuva deu uma trégua, pondo em risco a colheita do feijão carioquinha e o desempenho do milho, o feijão macáçar (nosso feijão de corda), a fava e o andu não sofreram tanto, pois estes são mais resistentes a estiagem. Felizmente dia 22, justamente no dia em que se comemora (ou já se comemorou) o descobrimento do Brasil voltou a chover por aqui, não faltou mais, isso é bom para o milharal que fortalece a cana, escurece a folha e engrossa a espiga. A pamonha já estar garantida e em junho vamos ter milho para assar na fogueira e dar viva ao São João.  

ZUANDO O FLAMENGO

Grande repercussão do cordel O MORTO QUE NÃO MORREU.

Aumentou ainda mais a repercussão  do cordel O MORTO QUE NÃO MORREU a partir de domingo quando o jornalista José Duarte Lima entrevistou o autor do mesmo, o poeta cordelista Rena Bezerra no programa de total audiência MICROFONE ABERTO pela rádio Princesa AM 970. O programa tem audiência no mais singelo lar ao mais sofisticado, todos atentos na entrevista, onde na oportunidade Rena Bezerra falou um pouco de seu dia a dia, de sua primeira obra editada e de seus projetos futuros, onde já se encontra pronto o próximo cordel intitulado "ILUSTRES ANÔNIMOS DA MINHA TERRA" onde o mesmo já tem patrocínio cultural de professora do estado de São Paulo e apologista Maria Zuleide Madeiro, uma paraibana que desde 1969 mora no sudeste do país mas não esquece de seu povo e de suas origens e sempre estar divulgando a cultura nordestina.  

     Por aqui, todos os blog da região fizeram a divulgação, começando pelo Blog José Duarte Lima, depois o conceituado Blog do Tião Lucena onde o mesmo fez uma referência estrondosa sobre o jornalista Zé Duarte e o poeta Rena Bezerra, o Blog do Casusa juntamente com o Blog Juru em Destaque também fizeram alusão ao cordel do poeta. 

ESPAÇO DA POESIA

QUERO MUITO TER VOCÊ EM MINHA VIDA

Quero muito ter você em minha vida

Pra me dar toda paz que eu preciso

Acordar de manhã com o teu sorriso

Alegrando minha alma adormecida.

Do meu peito você é a pretendida

Quando a vejo eu encontro o paraíso

Na doçura do jeito do teu riso

Nas palavras que por ti são proferidas.

Eu seria com certeza um vencedor

Se eu ganhasse por inteiro o teu amor

E deixasse de viver nessa ilusão,

Se me queres não espere pra depois

Pois eu tenho reservado pra nós dois

Um lugar no país do coração.

Rena Bezerra

17/04/15

Do quadro: Só sendo feita a pincel !!!

JAMILA DO ENTREMONTES, a pintura deste sábado.

NEM FOI DIABO NEM FOI SANTO

LAMPIÃO FICOU FAMOSO

POR TUDO QUANTO FAZIA,

NÃO FOI DIABO NEM FOI SANTO

QUEM PENSA BEM AVALIA,

FOI UM PRODUTO DA ÉPOCA

E DO MEIO EM QUE VIVIA.

Sebastião da Silva

QUANDO NÃO HOUVER BANDIDO

NEM ROUBO NESSA NAÇÃO,

QUANDO SE ACABAR SEQUESTRO

MISÉRIA E CORRUPÇÃO,

AÍ EU VOU FESTEJAR

A MORTE DE LAMPIÃO.

Valdir Teles

LÁ NA GROTA DE ANGICOS

A CAÇADA TERMINOU,

LAMPIÃO FORA TRAÍDO

POR ALGUÉM QUE LHE ACOITOU,

ELE CAIU METRALHADO

COM MARIA BONITA AO LADO

NUM FINAL DE UM GRANDE AMOR.

Rena Bezerra

AZAR DO CAVALO SORTE DOS URUBUS

Coitado desse cavalo
que o dono soltou na data,
depois de passar o dia
açoitado na chibata,
na pista da contra mão
vai passando um caminhão
passa por cima e lhe mata.

Que passagem mais ingrata
que cena triste essa aqui,
mas é comum no sertão
a gente ver por aí,
animais soltos na pista
trazendo pro motorista
um perigo ao dirigir.

Mas enquanto um tomba morto
o outro celebra a vida,
nessa morte do cavalo
tem muita carne estendida,
e os urubus num banquete
se organizam em piquete
pra saciar sua comida.

Cada um numa investida
faz a sua refeição,
não vão todos de uma vez
pra não haver confusão,
e assim nessa cadência
devagar com paciência
se nutrem com prontidão.

Igual soldado em combate
o pelotão se destaca,
estão todos perfilados
na cabeça da estaca,
quatro garfos em cada garra
que segura e que agarra
e o bico se faz de faca.

É assim nosso sertão
onde o sol sempre reluz,
de vez em quando uma chuvinha
deixa o verde fazer jus,
e quem não se revigora
pode ser a qualquer hora
comida pros urubus.

Rena Bezerra
07/04/05
Foto de hoje na rodovia Princesa/Flores.

O SERTÃO ESTAR FELIZ

Não tem riqueza maior
que olhar para o sertão
e vê a vegetação
cobrindo tudo arredó.
a rama fazendo nó
no toco velho queimado
ver a beleza do gado
pastando tranquilamente,
é Deus mostrando pra gente
a força de seu legado.

Rena Bezerra
31/03/15