segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

SÃOJOSEENSE CAPOTA VEÍCULO PERTO DO GIGA BAR

         O acidente foi por volta das 9h da manhã perto do Povoado Várzea município de Princesa Isabel, bem próximo a curva do Giga Bar,  onde um Fiat Uno de cor vermelha de propriedade e conduzido pelo próprio dono Piu de Argemiro que mora em São José de Princesa e que ia em direção a cidade de Princesa Isabel levando uma mulher de carona quando foi surpreendido com o estouro de um pneu na entrada da curva antes do Giga Bar, segundo o carona, o pneu estourou e o carro saiu capotando na pista várias vezes caindo em seguida no barranco. Graças a Deus os ferimentos foram poucos em relação ao tamanho do capotamento, só a mulher quebrou o braço e foi conduzida para o Hospital em Princesa e o condutor saiu apenas tonto...tonto demais, mas ambos passam bem.
         
Fotos de Gervásio Vicente
Texto de Rena Bezerra



sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

E por aqui foi notícia no dia de ontem...

- Que as estradas vicinais já apresentaram suas valas depois da maravilhosa chuva de 40mm do dia 23 deste, na região dos sítios Jacu, Saquinho, Mulungu, Quati, João Pereira até chegar no Riacho da Cachoeira de Minas só se chega até lá se for de jumento;

- Que ontem dia 24 fomos agraciados com outra chuva, com menos intensidade, mas caiu ainda 05mm de água pura e cristalina;

- Que na Serra da Pinheira município de Manaíra/ Santana de Mangueira teve ontem mais um acidente onde dois jovens que vinham de moto se enfiaram embaixo dum caminhão que estava parado no acostamento;

- Que a obra do governo do estado que asfaltou de Manaíra e Santana de mangueira foi uma grande investida do governo, só que ainda estar faltando terminar a ponte do sangradouro do açude Catolé em Manaíra que se arrasta a passos lentos e enquanto isso os acidentes vão de vento em polpa porque  a estrada ainda não estar sinalizada;

- Que fica a dica para o DER-PB para mesmo antes de terminar a ponte do açude Catolé, por que não sinalizar os trechos que já estão prontos para evitar que mais acidentes aconteçam e tire mais vidas?

- Que ontem encerramos a meditação natalina aqui em casa no Alto dos Bezerras onde a comunidade se reuniu para festejar o nascimento do menino Jesus e depois todos abraçados e irmanados fizemos uma abençoada ceia de natal;

- Que a noite cristã terminou as 19:00h com a missa na Igreja de Nossa Senhora da Conceição com a celebração do Frei Cláudio e de nosso conterrâneo e meu parente próximo que hora é pároco em Belo Horizonte e estar passando uns dias em nossa comunidade, Frei Fernando Bezerra;

- Que o sorteio da cesta básica de natal da Igreja Católica já aconteceu e quem foi sorteado foi o amigo Dedé de Griga....ele garantiu um Natal de mesa farta e muita pinga.

Por Rena Bezerra
   

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Chuva forte com raios, trovões e ventos a mais de 50km/h em São José de Princesa-PB.

Ontem dia 22 deste mês de dezembro, assim que a noite caiu o tempo que já vinha fechado desde a tarde preparou uma maravilhosa chuva aqui em São José de Princesa e sítios adjacentes, por aqui no Alto dos Bezerras onde tenho um medidor pluviométrico foi medido exatamente 40mm. A chuva começou com ventos fortes que tinha uma sensação que ultrapassava mais de 60km/h, contorcendo árvores e destelhando algumas casas, foi tão forte, tanto o vento quanto a chuva que a água passava facilmente por entre as telhas caindo dentro das casas fazendo dessas uma verdadeira piscina. Nada que tirasse a alegria e entusiamo do sertanejo e da dona de casa que depois da chuva foi arrumar a casa na maior felicidade do mundo.
A chuva for marcada também com muitos raios e trovões de fazer levantar a esperança do caboclo sertanejo que vinha com o pé atrás quanto ao início das trovoadas. Com isso ele ta certo que as experiências do dia de Santa Luzia não falharam e que confiado em Deus vamos ter um 2016 com muita chuva para encher os açudes, barreiros, botar o riacho para tirar o cisco e fazer a sua plantação para depois comer muito milho assado, canjica, pamonha, bolo e fava com toicim dentro.
Fotos e texto
Rena Bezerra



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Cangaceiro Meia-Noite, o mais novo Cordel do poeta Rena Bezerra.

MEU MAIS NOVO CORDEL

Desde pequeno eu sempre ouvia meu pai contar a briga que teve no Sítio Tataíra envolvendo o cangaceiro ‘Meia-Noite’ e os homens do Coronel Zé Pereira, aquilo me fascinava, mas nunca imaginei que fosse um dia contar tudo isso em cordel. Tornei-me rapaz, homem maduro e minha admiração pelas histórias do cangaço aumentaram com tanta intensidade que busquei saber a fundo como foi a passagem do Rei do Cangaço por essas bandas de São José de Princesa, onde foi certeza os ‘acoitos’ dados a eles na Vila de Patos de Irerê, Serra do Pau Ferrado, Saco dos Caçulas, e no sítio Tataíra.
E foi no Sítio Tataíra que viveu um dos mais valentes cangaceiros já visto por este sertão, ‘Meia-Noite’ que depois de ser expulso do bando de Lampião foi viver com sua amada Zulmira como um cidadão comum. Só que ele tinha afrontado o Coronel José Pereira que era chefe da região de Princesa Isabel e terminou sendo perseguido e caçado como um fora da lei incapaz de viver inserido no meio das famílias da região.
Dentro de minha pesquisa com pessoas mais velhas da região e com pessoas da localidade que sabem narrar o que ouviram dos antepassados surgiu uma dúvida no nome correto da mulher do cangaceiro Meia-Noite. Uns afirmaram que era Zulmira e outros dizem que realmente era Alexandrina Vieira. O que deu pra colher com minhas andanças e pesquisas é que Alexandrina Vieira realmente existiu e pode ter sido mesmo o nome de batismo da mulher do cangaceiro e que Zulmira pode ter sido uma alcunha, um apelido atribuído a essa destemida mulher que enfrentou as truculências da época e amou sem medo e sem segredo o temido cangaceiro ‘Meia-Noite”.

RENA BEZERRA

-Membro do Clube da Poesia Nordestina – Serra Talhada - PE

MEUS AGRADECIMENTOS
VENDAS COM O AUTOR
PREÇO: 5,00 R$

Por Rena Bezerra

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O VATICANO DAR O PERDÃO A 'PADIM CIÇO E EU FIZ O VERSO.


O bispo da diocese de Crato, dom Fernando Panico, divulgou anteontem, durante missa na Catedral de Crato, que o padre Cícero Romão Batista foi perdoado pelo Vaticano das punições impostas pela igreja Católica entre 1892 a 1926. A reconciliação é passo definitivo para reabilitar Padre Cícero na Igreja Católica. A informação foi publicada com exclusividade, no O POVO Online.

NA DÉCADA DE 80 EU FIZ ESSE CORDEL:

SUA BENÇÃO MEU “PADIM”!

I
Em Juazeiro do Norte
Estado do Ceará,
Viveu o Padre mais forte
Que já se ouviu falar,
Sem contar com nem um cobre
Foi o protetor do pobre
Que no sertão quis ficar.

II
O sertanejo abatido
Com a vida já no fim,
Sem poder ser socorrido
Só pensa no que é ruim,
Foi aí que Deus enviou
Na terra um protetor
Chamado de “Meu Padim”.

III
Ele ajudou a pobreza
Sem olhar pra cara ou cor,
Usando a sua nobreza
Seu papel de protetor,
Seguiu na sua missão
Abrindo seu coração
De paz, justiça e amor.

IV
“Meu Padim Ciço Romão”
Fora muito criticado,
Foi chamado de ladrão
Comunista e procurado,
Mais ele não esmoreceu
Por aqui permaneceu
Cuidando de seu legado.

V
Foi Vice-Governador
Deputado Federal,
Mais sempre abnegou
Desse direito legal,
Continuou firme e forte
No Juazeiro do Norte
Combatendo todo mal.

VI
Certo dia numa missa
Na matriz de Juazeiro,
Uma beata noviça
Quis entrar em desespero,
Quando a hóstia recebeu
Da hóstia sangue correu
Molhando seu corpo inteiro.

VII
A notícia se espalhou
Pelo Brasil, pelo mundo,
O Vaticano enviou
Um pesquisador profundo,
Para examinar o caso
E falando sem atraso:
- Foi milagre. Eu não confundo.

VIII
“Meu Padim” foi contestado
Até pela própria igreja,
Passou tempos afastado
Pedindo a Deus que o proteja,
Mais com licença ou sem manto
Ele logo virou santo
Da pobreza sertaneja.

IX
E ele foi venerado
Até mesmo por Lampião,
Que um dia apareceu
Pra lhe pedir proteção,
Padim Ciço o abençoou
Pois nunca desaprovou
Um pedido dum irmão.

X
Mas pediu a Lampião
Sem medo e sem embaraço,
Que ele de uma vez por todas
Modificasse seu traço,
Mudando sua profissão
Aliviando o sertão
 Do reinado do cangaço.

XI
A patente de Capitão
Que Lampião carregava,
Não foi ‘Meu Padim’ quem deu
Como muita gente jurava,
A Patente naquele tempo
O cabra sem contratempo
Tinha dinheiro e comprava.

XII
Tudo que o padre tinha
Ele doou pra igreja,
Também cedeu uma parte
Pra pobreza sertaneja,
Para os salesianos
Que estava nos seus planos
Ele doou de bandeja.

XIII
Com a morte do “Padim Ciço”
O sertão quis desandar,
O povo num reboliço
Levava o tempo a chorar,
Pensando ficar ao léu
Mais “Meu Padim” ta no céu
Não vai nos abandonar

XIV
Em 20 do mês de julho
Do ano de trinta e quatro,
Um pouco debilitado
Com 90 anos exato,
Padim Cíço faleceu
Juazeiro emudeceu
Doeu bastante esse fato.

XV
Todo mês no dia 20
É aquele rebuliço,
As devotas fervorosas
Se trajam em luto castiço,
São beatas declaradas
E no sertão são chamadas
As viúvas do ‘Padim Ciço’.

XVI
No dia 02 de finados
As estradas de Juazeiro,
De pé, de burro ou de ônibus
Pau de arara, carroceiros,
Por todo canto que olhar
Da gosto de registrar
A multidão de romeiros.

XVII
Vai todo mundo pra lá
Rezar para meu Padim,
Pedir proteção a ele
Pra nos livrar do que é ruim,
E nunca nos abandonar
Esteja sempre a nos guiar
Nessa estrada até o fim.


XIII
“Meu Padim” é Santo, é mito
É o protetor do sertão,
É o ouvidor do grito
Precisado de perdão,
Livrai-nos do que é ruim
“Valei-me meu bom Padim”
Nos dê força e proteção.

Poeta Cordelista

Rena Bezerra

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O SERTÃO RECORRE A VELHA CACIMBA DE BEBER

         O sertão vive hoje uma das piores secas de todos os tempos, não pela mortandade de animais ou de pessoas, mas pela escassez do mais precioso líquido já existente na face da terra, a água. Nos últimos anos os níveis pluviométricos não atingiram as metas esperadas para abastecer nossos reservatórios, açudes de grande, médio e pequeno porte estão totalmente secos ou quase secos, cidades como nossa querida e tão amada Princesa Isabel, Taperoá, Desterro, Soledade e até mesmo a rainha da Borborema, Campina Grande já vive o drama do racionamento, onde o açude Epitácio Pessoa, o Boqueirão já tem menos de 12% de sua capacidade.
          Aqui em São José de Princesa o drama pela água não é diferente, com uma população estimada em menos de 5.000 habitantes, onde mais de 80% da população é rural e o restante vive na zona urbana, os sãojoseenses sofrem com o baixo nível em que se encontra seus reservatórios, pois mesmo sendo incluída no programa do governo Federal Operação Pipa nem todas as pessoas tem direito a água que vem nos carros, apenas quem tem o cadastramento e o restante da população tem que se virar com a velha e sempre salvadora cacimba.
          Essa cacimba ela é do tempo de meu avô paterno Laurindo Bezerra, os mais velhos conta que na grande seca de 1958 ele dava de beber a mais de 200 rezes dele, e a vizinhança que também usava a água dela para matar a sede do gado e da população aqui da redondeza, Simão, Vazante, Inveja, Alto dos Bezerras. Na época de meu avô era uma cacimba só na piçarra e no ano de 2012 na temida seca devastadora de animais e de plantas o amigo e primo Chico vicente convidou a comunidade para que abríssemos a velha cacimba, pois só assim salvaríamos nosso rebanho, e foi assim que todos da comunidade Alto dos Bezerras, Simão e Vazante realizamos o trabalho e até hoje utilizamos a água desta inesgotável cacimba de Deus e de todos.
Tanque para o gado beber.

Fotos e texto;
Rena Bezerra.