quinta-feira, 21 de setembro de 2017

IMBU - O COMANDANTE DA CAATINGA


IMBU - O COMANDANTE DA CAATINGA

I
Não pode existir sertão
Sem jurema e marmeleiro,
Sem nosso mandacaru
Xique-xique e juazeiro,
E sem o grande enfrentante
Da caatinga o comandante
Que é o nosso imbuzeiro.

II
Resistente o ano inteiro
Cai a folha, mas não morre,
Na sua raiz existe
Batatas que lhe socorre,
E quando a seca castiga
O tronco a raiz instiga
E a bolsa d’água recorre.

III
A água no caule corre
Deixando a planta nutrida,
A gente só vê os galhos
Numa paisagem sofrida,
Mas começou trovoada
A planta já preparada
Demonstra sinais de vida.

IV
A flor já vem em seguida
Junto uma nova folhagem,
Por todo nosso sertão
Se modifica a paisagem,
Com nosso velho imbuzeiro
Deixando o sertão inteiro
Com uma nova roupagem.

V
Ressurge com outra imagem
O sertão é renovado
Por todo canto se vê
Um pé de imbu carregado,
É fartura em demasia
Se junta em cuia, em bacia
Além dos que são chupado.

VI
Ele é utilizado
No almoço ou na merenda,
Podemos também usá-lo
Como forma de oferenda,
Para alguém que aprecia
Mas na feira ou rodovia
Ele é produto de venda.

VII
Se encontra também na venda
No bar que reúne a massa,
O dono do botequim
Tem ele pra dar de graça,
Para aquela freguesia
Que ta ali todo dia
Tomando a sua cachaça.

VIII
Também existe na praça
Dessa fruta fabricada,
O picolé e o suco
A nossa velha cocada,
E fechando os derivados
Termino com os agrados
Da saborosa imbuzada.

IX
Nessa caatinga enfincada
Sobreviver é o papel,
O imbuzeiro resiste
Como um presente do céu,
Na sua sombra frondosa
Não tem coisa mais gostosa
Que um imbu feito mel.



Este cordel é oferecido ao amigo e técnico da Emater-PB, lotado no escritório Regional de Princesa Isabel, Tarantine Silva e a todos os sertanejos resistentes as estiagens e forte como os umbus eu também ofereço.

Poeta cordelista
Rena Bezerra

21/09/17

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

CORDEL: DIA 07 DE SETEMBRO

DIA 07 DE SETEMBRO
( Escola Nª. Senhora do Bom Conselho- Princesa Isabel-PB)


Dia 07 de setembro
O dia tão esperado,
“O Ginásio” desfilava
Supremo no seu legado,
Tinha que ser de primeira
Pois o Colégio das Freiras
Botava também pegado.

Quando saia o desfile
Na Rua São Roque ia,
Cruzava pra Rua Nova
A Rua Grande descia,
Era de grande emoção
E lá pra’s bandas do Cancão,
O calçamento tremia.

Descia na Avenida
Era tudo muito belo,
Por ali tinha o encontro
Com a Escola Gama e Melo,
Sem ter nada que proíba
Se louvava a Paraíba
E o nosso verde e amarelo.

Quando tocava os dobrados
Era muita a emoção,
Se aumentava a cadência,
Do tarol e do bombão,
Os maestros sempre ali
De um lado Benammí
Do outro Chico Mourão. 


O pelotão das meninas
Era lindo de se vê,
Bem vestidas sem adornos
Nem modelo degodê,
Camisa branca alvejada
De saia azul bem pinçada
Sem maquiagem ou laquê.

No pelotão dos rapazes
Também não tinha mamata,
Genésio não perdoava
Exigia a coisa exata,
Sem frescura e sem ter banca
Calça azul, camisa branca
Sapato, quepe e gravata.

Palma da mão estendida
Passo firme, rosto erguido,
Sem falatórios na fila
Sem cochichos ao pé do ouvido,
Todo mundo muito atento
E aquele lindo momento
Jamais será esquecido.

Vou acabar o desfile
Não quero me prolongar,
Vou deixar só a lembrança
Pra quem quiser relembrar,
Dos tempos de estudante
Que por menos um instante
Da vontade de voltar.


Poeta cordelista
Rena Bezerra


sábado, 2 de setembro de 2017

CORDEL - Princesa e seus Topônimos - As Ruas da Minha História


PRINCESA E SEUS TOPÔNIMOS
“As ruas da minha história”

A Coronel Marcolino
Mostrando a sua grandeza,
Antigamente era aonde
Morava toda nobreza,
Hoje no dia atual
É centro comercial
No coração de Princesa.

Presidente João Pessoa
Aqui virou avenida,
Um homem que no passado
Aqui não teve acolhida,
Por ser figura notória
Faz parte de nossa história
Homenagem é merecida.

Rua Arrojado Lisboa
Conhecida por Cancão,
Na sua simplicidade
Também merece menção,
Por acolher moradores
Guerreiros, trabalhadores
Desde a sua fundação.

A bela Professor Rosas
Acolhe a terceira idade,
Ela é aconchegante
Repassa tranqüilidade,
Cresceu vagarosamente
Ela hoje está presente
Bem no centro da cidade.

Velha Rua da Cadeia
Ou Rua Conrado Rosas,
Por ter se feito num alto
É das ruas mais vistosas,
Honrando o nome que tem
Nela se encontra também
Famílias maravilhosas.

A Rua São Roque é
Hoje a maior da cidade,
Também acolhe o comércio
Com originalidade,
O trânsito nela se esvaia
Do centro ao Bairro Maia
Com muita intensidade.

Rua Sólon de Lucena
Faz parte da fundação,
Foi nela que edificaram
O trono da educação,
Reflete feito um espelho
Nossa Escola Bom conselho
Também merece menção.

Presidente Suassuna
Conhecida por Cruzeiro,
Saída pra capital
Ou pra qualquer paradeiro,
Quem vem chegando ela abraça
Mostrando o ar da graça
Desse povo hospitaleiro.

‘Canhoto da Paraíba’
O nosso Chico Soares,
Também virou logradouro
Aqui e em outros lugares,
Na Praça Frei Damião
O mágico do violão
Deixou seu nome nos lares.

Cel. Marçal Florentino
Um grande da região,
La na Praça Padre Cícero
É sua localização,
Viveu seu tempo de glória
Deixou seu nome na história
Na grande revolução.

A São Vicente de Paula
Por muito tempo acolheu,
O povo simples pacato
Que em Princesa viveu,
Ela foi abençoada
Quando foi agraciada
E o Hospital recebeu.

Tem a Rua Cônego Floro
Antiga Rua do Silo,
Situada ali no centro
Acolhe um povo tranqüilo,
Moradores bem decentes
Que vivem tranquilamente
Cada qual com seu estilo.

Rua Tenente Oliveira
De gente humilde e pacata,
Hoje Praça da Saúde
Localização exata,
Acompanha a fundação
Tempo que a população
Botava água na lata.

A de nome mais bonito
Tem o nome de Saudade,
Nela passa a riqueza
A pobreza e vaidade,
Passa a luxúria, avareza
A soberba, boniteza
Pra morar na eternidade.

Aqui nós temos as praças
Mais lindas dessa ribeira,
Natália do Espírito Santo
Nossa maior fazendeira,
(Se chama Estrela ou Lagoa)
Praça Epitácio Pessoa
E a Cel. Zé Pereira.

Praça José Nominando
‘Seu’ Marçal, Maria Aurora,
Rua Padre Arcoverde
Que conserva até agora,
O seu belo casario
Que até hoje resistiu
Ao progresso que devora.

Também temos outras ruas
Que vieram referendar,
Várias personalidades
Deste distinto lugar,
São tantas ruas com nomes
Próprios e com cognomes
Que dá trabalho falar.

Então assim terminei
Essa minha trajetória,
Pelas ruas principais
Fiz um passeio de glória,
Não ficou um só lugar
Foi muito bom relembrar
As Ruas da minha história.

Poeta cordelista
Rena Bezerra

-Esse cordel está sendo apresentado pela professora da rede estadual da Escola Gama e Melo, Joseane André, no Projeto Pedagógico de mesmo nome, Princesa e Seus Topônimos - As Ruas da Minha História -