segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

SÃOJOSEENSE CAPOTA VEÍCULO PERTO DO GIGA BAR

         O acidente foi por volta das 9h da manhã perto do Povoado Várzea município de Princesa Isabel, bem próximo a curva do Giga Bar,  onde um Fiat Uno de cor vermelha de propriedade e conduzido pelo próprio dono Piu de Argemiro que mora em São José de Princesa e que ia em direção a cidade de Princesa Isabel levando uma mulher de carona quando foi surpreendido com o estouro de um pneu na entrada da curva antes do Giga Bar, segundo o carona, o pneu estourou e o carro saiu capotando na pista várias vezes caindo em seguida no barranco. Graças a Deus os ferimentos foram poucos em relação ao tamanho do capotamento, só a mulher quebrou o braço e foi conduzida para o Hospital em Princesa e o condutor saiu apenas tonto...tonto demais, mas ambos passam bem.
         
Fotos de Gervásio Vicente
Texto de Rena Bezerra



sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

E por aqui foi notícia no dia de ontem...

- Que as estradas vicinais já apresentaram suas valas depois da maravilhosa chuva de 40mm do dia 23 deste, na região dos sítios Jacu, Saquinho, Mulungu, Quati, João Pereira até chegar no Riacho da Cachoeira de Minas só se chega até lá se for de jumento;

- Que ontem dia 24 fomos agraciados com outra chuva, com menos intensidade, mas caiu ainda 05mm de água pura e cristalina;

- Que na Serra da Pinheira município de Manaíra/ Santana de Mangueira teve ontem mais um acidente onde dois jovens que vinham de moto se enfiaram embaixo dum caminhão que estava parado no acostamento;

- Que a obra do governo do estado que asfaltou de Manaíra e Santana de mangueira foi uma grande investida do governo, só que ainda estar faltando terminar a ponte do sangradouro do açude Catolé em Manaíra que se arrasta a passos lentos e enquanto isso os acidentes vão de vento em polpa porque  a estrada ainda não estar sinalizada;

- Que fica a dica para o DER-PB para mesmo antes de terminar a ponte do açude Catolé, por que não sinalizar os trechos que já estão prontos para evitar que mais acidentes aconteçam e tire mais vidas?

- Que ontem encerramos a meditação natalina aqui em casa no Alto dos Bezerras onde a comunidade se reuniu para festejar o nascimento do menino Jesus e depois todos abraçados e irmanados fizemos uma abençoada ceia de natal;

- Que a noite cristã terminou as 19:00h com a missa na Igreja de Nossa Senhora da Conceição com a celebração do Frei Cláudio e de nosso conterrâneo e meu parente próximo que hora é pároco em Belo Horizonte e estar passando uns dias em nossa comunidade, Frei Fernando Bezerra;

- Que o sorteio da cesta básica de natal da Igreja Católica já aconteceu e quem foi sorteado foi o amigo Dedé de Griga....ele garantiu um Natal de mesa farta e muita pinga.

Por Rena Bezerra
   

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Chuva forte com raios, trovões e ventos a mais de 50km/h em São José de Princesa-PB.

Ontem dia 22 deste mês de dezembro, assim que a noite caiu o tempo que já vinha fechado desde a tarde preparou uma maravilhosa chuva aqui em São José de Princesa e sítios adjacentes, por aqui no Alto dos Bezerras onde tenho um medidor pluviométrico foi medido exatamente 40mm. A chuva começou com ventos fortes que tinha uma sensação que ultrapassava mais de 60km/h, contorcendo árvores e destelhando algumas casas, foi tão forte, tanto o vento quanto a chuva que a água passava facilmente por entre as telhas caindo dentro das casas fazendo dessas uma verdadeira piscina. Nada que tirasse a alegria e entusiamo do sertanejo e da dona de casa que depois da chuva foi arrumar a casa na maior felicidade do mundo.
A chuva for marcada também com muitos raios e trovões de fazer levantar a esperança do caboclo sertanejo que vinha com o pé atrás quanto ao início das trovoadas. Com isso ele ta certo que as experiências do dia de Santa Luzia não falharam e que confiado em Deus vamos ter um 2016 com muita chuva para encher os açudes, barreiros, botar o riacho para tirar o cisco e fazer a sua plantação para depois comer muito milho assado, canjica, pamonha, bolo e fava com toicim dentro.
Fotos e texto
Rena Bezerra



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Cangaceiro Meia-Noite, o mais novo Cordel do poeta Rena Bezerra.

MEU MAIS NOVO CORDEL

Desde pequeno eu sempre ouvia meu pai contar a briga que teve no Sítio Tataíra envolvendo o cangaceiro ‘Meia-Noite’ e os homens do Coronel Zé Pereira, aquilo me fascinava, mas nunca imaginei que fosse um dia contar tudo isso em cordel. Tornei-me rapaz, homem maduro e minha admiração pelas histórias do cangaço aumentaram com tanta intensidade que busquei saber a fundo como foi a passagem do Rei do Cangaço por essas bandas de São José de Princesa, onde foi certeza os ‘acoitos’ dados a eles na Vila de Patos de Irerê, Serra do Pau Ferrado, Saco dos Caçulas, e no sítio Tataíra.
E foi no Sítio Tataíra que viveu um dos mais valentes cangaceiros já visto por este sertão, ‘Meia-Noite’ que depois de ser expulso do bando de Lampião foi viver com sua amada Zulmira como um cidadão comum. Só que ele tinha afrontado o Coronel José Pereira que era chefe da região de Princesa Isabel e terminou sendo perseguido e caçado como um fora da lei incapaz de viver inserido no meio das famílias da região.
Dentro de minha pesquisa com pessoas mais velhas da região e com pessoas da localidade que sabem narrar o que ouviram dos antepassados surgiu uma dúvida no nome correto da mulher do cangaceiro Meia-Noite. Uns afirmaram que era Zulmira e outros dizem que realmente era Alexandrina Vieira. O que deu pra colher com minhas andanças e pesquisas é que Alexandrina Vieira realmente existiu e pode ter sido mesmo o nome de batismo da mulher do cangaceiro e que Zulmira pode ter sido uma alcunha, um apelido atribuído a essa destemida mulher que enfrentou as truculências da época e amou sem medo e sem segredo o temido cangaceiro ‘Meia-Noite”.

RENA BEZERRA

-Membro do Clube da Poesia Nordestina – Serra Talhada - PE

MEUS AGRADECIMENTOS
VENDAS COM O AUTOR
PREÇO: 5,00 R$

Por Rena Bezerra

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O VATICANO DAR O PERDÃO A 'PADIM CIÇO E EU FIZ O VERSO.


O bispo da diocese de Crato, dom Fernando Panico, divulgou anteontem, durante missa na Catedral de Crato, que o padre Cícero Romão Batista foi perdoado pelo Vaticano das punições impostas pela igreja Católica entre 1892 a 1926. A reconciliação é passo definitivo para reabilitar Padre Cícero na Igreja Católica. A informação foi publicada com exclusividade, no O POVO Online.

NA DÉCADA DE 80 EU FIZ ESSE CORDEL:

SUA BENÇÃO MEU “PADIM”!

I
Em Juazeiro do Norte
Estado do Ceará,
Viveu o Padre mais forte
Que já se ouviu falar,
Sem contar com nem um cobre
Foi o protetor do pobre
Que no sertão quis ficar.

II
O sertanejo abatido
Com a vida já no fim,
Sem poder ser socorrido
Só pensa no que é ruim,
Foi aí que Deus enviou
Na terra um protetor
Chamado de “Meu Padim”.

III
Ele ajudou a pobreza
Sem olhar pra cara ou cor,
Usando a sua nobreza
Seu papel de protetor,
Seguiu na sua missão
Abrindo seu coração
De paz, justiça e amor.

IV
“Meu Padim Ciço Romão”
Fora muito criticado,
Foi chamado de ladrão
Comunista e procurado,
Mais ele não esmoreceu
Por aqui permaneceu
Cuidando de seu legado.

V
Foi Vice-Governador
Deputado Federal,
Mais sempre abnegou
Desse direito legal,
Continuou firme e forte
No Juazeiro do Norte
Combatendo todo mal.

VI
Certo dia numa missa
Na matriz de Juazeiro,
Uma beata noviça
Quis entrar em desespero,
Quando a hóstia recebeu
Da hóstia sangue correu
Molhando seu corpo inteiro.

VII
A notícia se espalhou
Pelo Brasil, pelo mundo,
O Vaticano enviou
Um pesquisador profundo,
Para examinar o caso
E falando sem atraso:
- Foi milagre. Eu não confundo.

VIII
“Meu Padim” foi contestado
Até pela própria igreja,
Passou tempos afastado
Pedindo a Deus que o proteja,
Mais com licença ou sem manto
Ele logo virou santo
Da pobreza sertaneja.

IX
E ele foi venerado
Até mesmo por Lampião,
Que um dia apareceu
Pra lhe pedir proteção,
Padim Ciço o abençoou
Pois nunca desaprovou
Um pedido dum irmão.

X
Mas pediu a Lampião
Sem medo e sem embaraço,
Que ele de uma vez por todas
Modificasse seu traço,
Mudando sua profissão
Aliviando o sertão
 Do reinado do cangaço.

XI
A patente de Capitão
Que Lampião carregava,
Não foi ‘Meu Padim’ quem deu
Como muita gente jurava,
A Patente naquele tempo
O cabra sem contratempo
Tinha dinheiro e comprava.

XII
Tudo que o padre tinha
Ele doou pra igreja,
Também cedeu uma parte
Pra pobreza sertaneja,
Para os salesianos
Que estava nos seus planos
Ele doou de bandeja.

XIII
Com a morte do “Padim Ciço”
O sertão quis desandar,
O povo num reboliço
Levava o tempo a chorar,
Pensando ficar ao léu
Mais “Meu Padim” ta no céu
Não vai nos abandonar

XIV
Em 20 do mês de julho
Do ano de trinta e quatro,
Um pouco debilitado
Com 90 anos exato,
Padim Cíço faleceu
Juazeiro emudeceu
Doeu bastante esse fato.

XV
Todo mês no dia 20
É aquele rebuliço,
As devotas fervorosas
Se trajam em luto castiço,
São beatas declaradas
E no sertão são chamadas
As viúvas do ‘Padim Ciço’.

XVI
No dia 02 de finados
As estradas de Juazeiro,
De pé, de burro ou de ônibus
Pau de arara, carroceiros,
Por todo canto que olhar
Da gosto de registrar
A multidão de romeiros.

XVII
Vai todo mundo pra lá
Rezar para meu Padim,
Pedir proteção a ele
Pra nos livrar do que é ruim,
E nunca nos abandonar
Esteja sempre a nos guiar
Nessa estrada até o fim.


XIII
“Meu Padim” é Santo, é mito
É o protetor do sertão,
É o ouvidor do grito
Precisado de perdão,
Livrai-nos do que é ruim
“Valei-me meu bom Padim”
Nos dê força e proteção.

Poeta Cordelista

Rena Bezerra

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O SERTÃO RECORRE A VELHA CACIMBA DE BEBER

         O sertão vive hoje uma das piores secas de todos os tempos, não pela mortandade de animais ou de pessoas, mas pela escassez do mais precioso líquido já existente na face da terra, a água. Nos últimos anos os níveis pluviométricos não atingiram as metas esperadas para abastecer nossos reservatórios, açudes de grande, médio e pequeno porte estão totalmente secos ou quase secos, cidades como nossa querida e tão amada Princesa Isabel, Taperoá, Desterro, Soledade e até mesmo a rainha da Borborema, Campina Grande já vive o drama do racionamento, onde o açude Epitácio Pessoa, o Boqueirão já tem menos de 12% de sua capacidade.
          Aqui em São José de Princesa o drama pela água não é diferente, com uma população estimada em menos de 5.000 habitantes, onde mais de 80% da população é rural e o restante vive na zona urbana, os sãojoseenses sofrem com o baixo nível em que se encontra seus reservatórios, pois mesmo sendo incluída no programa do governo Federal Operação Pipa nem todas as pessoas tem direito a água que vem nos carros, apenas quem tem o cadastramento e o restante da população tem que se virar com a velha e sempre salvadora cacimba.
          Essa cacimba ela é do tempo de meu avô paterno Laurindo Bezerra, os mais velhos conta que na grande seca de 1958 ele dava de beber a mais de 200 rezes dele, e a vizinhança que também usava a água dela para matar a sede do gado e da população aqui da redondeza, Simão, Vazante, Inveja, Alto dos Bezerras. Na época de meu avô era uma cacimba só na piçarra e no ano de 2012 na temida seca devastadora de animais e de plantas o amigo e primo Chico vicente convidou a comunidade para que abríssemos a velha cacimba, pois só assim salvaríamos nosso rebanho, e foi assim que todos da comunidade Alto dos Bezerras, Simão e Vazante realizamos o trabalho e até hoje utilizamos a água desta inesgotável cacimba de Deus e de todos.
Tanque para o gado beber.

Fotos e texto;
Rena Bezerra.



segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Festa de Nossa Srª. Da Conceição em São José de Princesa começou ontem.

O início das festividades em comemoração a Padroeira Nossa Senhora da Conceição, teve a sua abertura ontem dia 29 deste mês de novembro com uma linda carreata vindo da cidade de Princesa Isabel onde todos os devotos foram pegar a imagem de nossa senhora que veio acompanhada de muita emoção e louvor por parte da multidão. Os motoqueiros também abrilhantaram a festa.
         Depois as 19:00h tivemos a celebração eucarística e logo após o hasteamento da bandeira.
         A noite de ontem foi das comunidades Alto dos Bezerras, Simão, Vazante, motoqueiros e motoristas. Encarregados: Maria Pereira Bezerra, Rudival Lopes, Ismar Mandú, motoqueiros e motoristas. 
 A festa vai até o dia 08 de dezembro quando se encerra com misa solene, procissão e descida da bandeira.

Por Rena Bezerra





segunda-feira, 23 de novembro de 2015

O VASCÃO CONTINUA VIVO NO BRASILEIRÃO

Ontem dia 22 de novembro o Vasco foi até a Arena Joinville e enfrentou o aguerrido time do JEC do ídolo Marcelino Paraíba que entrou no segundo tempo da partida quando o Vasco já ganhava por 2 a 0 e deu outro ritmo ao jogo que já tinha uma cadência menos acelarada com o vasco só administrando o placar, mas com Marcelinho Paraíba o JEC partiu pra cima e conseguiu fazer um gol botando uma pressão infernal na defesa vascaína.
         Os gols da partida foram marcados por Nenê aos 5 minutos e Riascos aos 10 minutos do primeiro tempo para o Vasco e Rafael Donato descontou aos 35m para o Joinville. Com o resultando o vasco dar uma respirada na tabela e sobe para 18º posição mas ainda estar no Z4, podendo sair definitivamente domingo que vem dia 29/11 quando enfrentará o Santos em São Januário e torcer pelo tropeço de Coritiba e Avaí e o Joinville já não tem mais chances de permanecer na primeira divisão e ontem mesmo já foi rebaixado para a série B.
          Por se tratar de um Tretracampeão Brasileiro a gente torce para que o Vasco permaneça na primeira divisão do campeonato brasileiro para o bem do futebol.

Por Rena Bezerra 

domingo, 22 de novembro de 2015

Ontem a noite foi do declame e da viola.


         Ontem a noite dia 21 deste mês de novembro na Rua João Paulo II, bairro do Jardim Karlota na lateral da residência de Manoel Laurindo em Princesa Isabel, foi uma festividade de tamanho gigantesca, visto que pela quantidade de pessoas que vieram ver de perto e prestigiar os poetas, não era o esperado pelos organizadores do evento que já prometeram para a próxima noite de viola uma organização melhor, se é que essa pra ser a primeira não deixou nada a desejar.
      O evento contou com a participação dos repentistas Severino Pereira( irmão do grande João Paraibano) e Ivanildo Imídio(mais conhecido por Vanildo Cambista), Antonio Pereira de Manaíra, Zé de Sousa de Princesa Isabel e dos poetas declamadores Rena Bezerra, Cícero Costa, Giovane Costa e Luciano Ribeiro, a apresentação da festa contou a locução do radialista Augusto Rodrigues.
                Várias personalidades da sociedade princesense e de comunidades vizinhas estiveram presente, como a Secretária de Cultura do Município de Princesa, Socorro Maria Mandú, de Seu esposo Neto, de Dr. Alédson Moura, Dr. Alan Moura, do blogueiro e amigo Valdemar Casusão, Bobotinha, César de Louro, Assis Bezerra,  os vereadores de Princesa Isabel, Célio Biró, grande apologista da nossa cultura, Zé Filho, Irismar Mangueira, o ex-vereador Neco Limeira, o presidente da cooperativa Leca Bezerra, o secretário de Agricultura de Princesa, Vanildo, os meninos da Cachoeira, Manoel Jorge, Sídney Paulino e sua esposa Galvane, Jaildo, Bá, Nane, Dimas, Neguinho de Erasmo, Fábio Brás, entre tantos outros que lotaram a rua e junto com os poetas ficaram das 8 da noite até 1 hora da madrugada.
Poetas Giovane e Cícero costa e irmãos.
A plateia atenta aos cantadores. Eu estou ali no meio.

Depois da declamação vim me sentar junto com os demais para observar e apoiar meus colegas cantadores.
        No final quem ganhou foi a poesia e a nossa cultura.

Fotos Giovane Costa
Texto: Rena Bezerra




SÓ SENDO FEITA A PINCEL! TIQUINHA DO BOM SERÁ

Tiquinha vive uma angústia nos últimos dias pra ver seu time de coração permanecer na série A do Brasileirão.
         Se acalme Tiquinha, tudo vai dar certo!!! Agora se por acaso não der pelo menos você vai ficar no coração dos marmanjos de plantão. Agora quem não gostar da 'fruita', tenha paciência que nós aqui somos do time que é adepto a essas beneficências que a vida nos oferece.

Por Rena Bezerra

RETRATOS QUE A SECA FAZ

I
ESSA PAISAGEM TÃO TRISTE
A SECA PINTOU DE GRAÇA,
NÃO PEDIU TINTA A NINGUÉM
PRA FAZER ESSA DESGRAÇA,
O DONO DAQUELA CASA
ARRIBOU E BATEU ASA
FOI MORAR EM OUTRA PRAÇA.

II
PRA'S FAMÍLIAS HUMILHADAS
O GOVERNO FAZ EMENDA,
DAR UM CARTÃO VICIOSO
CHAMADO DE BOLSA RENDA,
PRA PODER O SERTANEJO
VIVER SEMPRE DE 'SUBEJO'
CORRENDO ATRÁS DE OFERENDA.

III
FAÇA ISSO NÃO, SEU DOUTOR!!!
FAÇA ÁGUA NO SERTÃO,
ABRA POÇO ARTESIANO
MANDE FAZER CACIMBÃO,
BARREIRO, AÇUDE, VALETA
DEPOIS CUMPRA SUA META
COM A GRANDE TRANSPOSIÇÃO.

IV
ISSO ERA A REDENÇÃO
PRO SEMI ÁRIDO TORRADO,
TODO MUNDO IA PLANTAR
COLHER, COMER, SOSSEGADO,
IA SER FENOMENAL
DE TARDEZINHA O CURRAL
SOLTANDO O CHEIRO DO GADO.

V
MAS SÓ NOS RESTA ESPERARMOS
SEM PERDER A CONFIANÇA,
PELOS HOMENS DE GRAVATA
JÁ PERDI A ESPERANÇA,
MAS PRA DEUS QUE TA NO CÉU
VOU TIRAR SEMPRE O CHAPÉU
POIS QUEM PEDE SEMPRE ALCANÇA.

Poeta
Rena Bezerra

A turma do Princesa Bike visita o velho chalé!

Agora de manhã, domingo 22 de novembro de 2015 recebi a grata visita dos aventureiros destemidos do Princesa Bike, uma turma formada por amigos que buscam levar uma vida saudável através do esporte. Segundo um dos componentes do grupo, o professor de Biologia e Educação física, Arimatéa Fidelis, meu compadre Téa, "ser sedentário é ficar com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chagar" como dizia o velho Rauzito.
         Aqui pousando em frente ao Chalé fazendo uma foto para a posteridade, temos os amigos, Fábio, Téa, Fábio, Edinho e Sídney Arruda.
          Depois de percorrerem a metade do percurso, tendo saído de Princesa, passado pelo Povoado da Várzea, pelos sítios Riacho Grande, Cabeça do Porco, Areias, Jacu, Cavaco, Cidade de São José de Princesa, Alto dos Bezerras onde moro, refrescaram-se um pouco e depois dessas fotos partiram para completar o percusso que no seu final deve dar aproximadamente uns 40 km.
        Esse amigo aqui que ficou maravilhado com a passagem de vocês por aqui na minha vivenda, desejam-lhes muita saúde e que por onde vocês passem espalhem sempre a amizade, a paz e esse calor de irmão que é o mais importante. 
Aqui estamos sempre as ordens na hora que quiser voltar.


quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Lampião não morreu! 'Cumpade' Joãozinho que o diga

(A espingarda mostrada na foto é das apresentações de um grupo de xaxado)

   Esse é meu grande amigo Joãozinho, um pequeno notável e querido por todos, ele mora na cidade de Tavares, ouvi dizer que mora, porque antes ele morava no Sítio Araras daquele mesmo município onde na oportunidade era professor de uma Escola Municipal. Ele é formado em Licenciatura Plena em Geografia pela FAFOPA ( Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde - PE) e fomos contemporâneos nos idos anos 1990.  
         Aí na foto Joãozinho ta incorporando o Rei do Cangaço, Pablo e Waldick Soriano.
         Meu amigo João, tomara que esta matéria chegue até você e quando quiser aparecer aqui em São José de Princesa pra nos lembrarmos do Bar do Estudante em Arcoverde, onde a pedida principal era Rum Montila e cigarro Plaza do grande eu estou as suas ordens. Com um fraterno abraço, Rena Bezerra. 

Moradores do Sítio São Bento iniciam trabalhos para a construção da capela naquela comunidade.

          Os moradores do Sítio São Bento situado as margens da PB-306 município aqui de São José de Princesa - PB, iniciaram seus trabalhos em prol da construção da Capela de São Bento padroeiro do lugar.
          O terreno onde vai ser erguida a Capela da comunidade foi doado pelo Sr. Nicolau Bezerra Leite ( Nicolau Pequeno), que de pequeno só tem o apelido, mas no tamanho físico, na bondade e generosidade é um homem gigantesco.
      Aqui o pessoal já botaram a mão no barro e começaram em sistema de parcerias a bater os tijolos, um a um, fôrma por fôrma, tudo artesanalmente, como nos primórdios. Depois daqui os tijolos vão para uma caieira onde serão queimados até ficarem no ponto para iniciar a construção das paredes da tão sonhada capela que é um sonho de todos os habitantes daquela comunidade.
         Como todos os homens da comunidade São Bento estão engajados nos trabalhos mais pesados, seria injusto por parte deste blog citar apenas o nome de alguns, então prefiro dizer que toda a comunidade estar de parabéns, homens e mulheres, moças e rapazes e na inauguração queremos ver o filho da terra Frei Fernando Bezerra fazendo a primeira celebração, que São Bento interceda e Deus permita.

Fotos de Luiz Gustavo Bezerra
Texto: Rena Bezerra

Santuário do meu 'Padim Ciço' no Sítio Areias aqui em São José de Princesa - PB

          No roteiro da fé em nosso município encontramos o santuário de Padre Cícero Romão Batista, nosso 'Padim Ciço do Juazeiro', ele fica situado as margens da PB-306 entre os sítios Baixio e Areais. Conta-se que um senhor viajava com sua família em um veículo pequeno, era noite e chovia muito, além dele não conhecer a estrada que na época era de terra batida ele de repente perdeu o controle do carro e caiu na ribanceira, quando no instante da queda ele se valeu do 'Padim Ciço' que o salvasse juntamente com todos de sua família. Quando chegaram embaixo do abismo viram que sofreram apenas  escoriações leves e que todos se salvaram. Daquele dia pra ca o local ficou marcado pelo acontecimento do milagre e o senhor com poucos dias depois veio ao local com todos os que escaparam e outros integrantes da sua família e colocaram  numa loca de uma pedra a Imagem de Padre Cícero do Juazeiro, de la pra o lugar ficou sendo como ponto de romarias, onde os devotos pagam suas promessas e renovam toda a sua fé no nosso Padre querido protetor do sertão.
         O local fica a 6 km da cidade de São José de Princesa e 8 km de Princesa Isabel, o lugar mantem-se limpo e bem cuidado pelos esforços do proprietário vizinho ao santuário, o senhor Elias Cordeiro, um homem de muita fé em Deus, ele ultimamente juntamente com moradores da comunidade e das comunidades vizinhas construíram a Capela de Nossa Senhora das Dores no Sítio Cabeça do Porco, outro local de peregrinação e visitações.
          Local muito bonito e tranquilo no meio das caatingas do sertão. Vale apena conferir.

Fotos e texto
Rena Bezerra, 18/11/2015.


terça-feira, 17 de novembro de 2015

POR QUE É QUE O SOL TEM TANTA IRA...

(Foto na serra do Brejinho)


PORQUE É QUE O SOL TEM TANTA IRA
CASTIGANDO O NORDESTE VORAZMENTE

Eu declamo esse fato pesaroso
E não entendo o sofrer do meu sertão
Entra ano, sai ano e esse chão
É castigado de um modo assombroso.
O problema é sério e calamitoso
E a seca vai fazendo medo a gente
O riacho não bota mais enchente
Nisso o povo perde a fé e se retira,
Porque é que o sol tem tanta ira
Castigando o nordeste vorazmente.

Ele mata a plantação e seca o rio
Fica difícil a nossa sobrevivência
O nordestino numa eterna paciência
Vai cruzando essa navalha por um fio.
Seu estômago já estreito e tão vazio
Reclama por comida novamente
O que fazer se só se encontra pela frente
O velame, aveloz e macambira,
Porque é que o sol tem tanta ira
Castigando o nordeste vorazmente.

Os pássaros que sobraram emigraram
E partiram para outro continente
Nem germina e nem vinga a semente
Morrem os peixes nos rios que secaram.
As famílias assombradas que restaram
Vêem seus filhos magrinhos e doentes
A fome é malvada e persistente
No sertão como um astro ela gira,
Porque é que o sol tem tanta ira
Castigando o nordeste vorazmente.

Poeta:

Rena Bezerra

Meu avô paterno LAURINDO BEZERRA ganha nome de Rua em Princesa Isabel-PB.


Laurindo Bezerra Leite, homem simples e de grande influência na região de São José de Princesa, agricultor e criador, casado com Maria Amélia onde tiveram três filhos, Antonio, Antonia e Edilson. Faleceu em 29 de agosto de 1974 em São José, mas seu nome até hoje é lembrado por todos, pois se via nele um homem servidor e amigo de todos.
         Hoje, o Vereador Alaelson Henriques de Princesa Isabel fez uma justa homenagem com o nome de uma rua no Bairro Zé Evaristo que ficou denominada Rua Laurindo Bezerra. Essa semana também já tivemos um outro integrante da família que foi homenageado com seu nome para denominar outra rua, foi meu José Ferreira da Luz, ZÉ DE ABEL que era casado com minha tia Toinha.
          Em nome de todos os integrantes de nossa família deixo aqui meu muito obrigado pela honrosa homenagem aos nossos entes queridos.
Por Rena Bezerra
São José de Princesa, 17/11/15


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

AQUI A LEI NUM VOGA!


O ano era 1982, ano de eleições em todo o país, de presidente a vereador. Ano de copa do mundo com a nossa Seleção Brasileira afinadíssima para fazer bonito nos gramados espanhóis, como de fato fez, mas encontramos pelo nosso caminho rumo ao tetra um tal de Paolo Rossi que sem dó nem piedade mandou de volta nossa canarinha antes do que a gente esperava.
          Mas o que me trouxe aqui foi um fato acontecido na terrinha Sãozé nesse mesmo ano. Era festa da padroeira, as ruas da vila enfeitada, a bandeira hasteada para o novenário de Nossa Senhora da Conceição, a igreja tinha tomado conta da festa, com barracas para vender comidas típicas e bebidas que podiam ser provadas por homens e mulheres, quentão e batidas de diversos sabores. No Beco de Tonheira onde dava acesso a rua da palha, o padre mandou fechar para que fosse dançado no piso encimentado o pastoril, que tinha sido ensaiado semanas pelos jovens da vila de São José.
          Na rua da palha morava Tião de Juvêncio, habitante de destaque de nossa sociedade, um boêmio fanfarrão, um verdadeiro lorde, tanto na beca como no palavreado, um ébrio a moda antiga, bebia todos os dias por que sem ela a vida não tinha graça, dizia Tião aos seus confidentes. O Beco de Tonheira era o caminho que Tião usava todos os dias para se deslocar de sua casa ao bar de Zé de Cabrinha e estando esse fechado para a dança do pastoril, Tião teve que mudar o percurso e dar um arrodeio por outra rua para vim até o bar. Na vinda ele não resmungou, mas na volta, depois que Tião tinha tomado todas e mais um pouco, ele não quis nem saber, chegou na entrada do beco onde estava trancado com palhas de coqueiro e mandou que abrisse para ele passar. O rapaz que tava na portaria mostrando autoridade que o padre tinha lhe dado, falou pra Tião:
- Por aqui o senhor não pode passar, a lei é do padre!
Nosso velho e inveterado boêmio não se dando por vencido, fita o rapaz da portaria, vê que não passa de um garoto, puxa uma faquinha de mesa que tinha na cintura, aponta pra ele e diz:
- Abra logo essa passagem, a leis aqui é a minha, a leis do padre num voga!

Por
Rena Bezerra

12/11/2015  

terça-feira, 10 de novembro de 2015

E um dia Patos de Irerê foi assim...

(Foto do acervo de Antonio Antas Dias)

          Eu não alcancei mais o famoso Patos Velho, quando me entendi de gente só restava o velho casarão do Major Floro Diniz, esse daí na frente, ele ainda estava intacto, em perfeito estado de conservação, uma beleza de patrimônio que tava ali a espera de algum órgão para continuar conservado. Nesse tempo aí da foto dar pra ver como era majestoso  o local, o velho vapor com a fábrica de óleo comestível, a fábrica de vinagre, o alambique de cachaça e o engenho de rapadura, tudo alí aos olhos do Major Florentino Rodrigues Diniz, o Major Floro.
         O tempo foi passando, veio a revolução de 1930, o casarão foi tomado pela polícia da Paraíba e serviu de cativeiro para as mulheres dos revolucionários como foi o caso de Xanduzinha esposa de Marcolino Pereira Diniz, o Caboclo Marcolino e Dona Mitonha esposa do valente Luis Do Triângulo um dos 'cabras' do Cel. Zé Pereira, é certo que o caboclo quase só brigou três dias e três noites para libertar seu grande amor das garras da polícia. com tudo isso o casarão continuou firme resistindo a tudo e a todos. Depois de abandonado tudo isso foi desmoronando sem que ninguém fizesse nada para conservar tão importante patrimônio histórico da nossa região. 
         Disso tudo aí sobrou só ruínas, como vou mostrar nas fotos de agora:
O velho casarão caindo aos poucos e sem mais as outras construções ao seu redor. Essa foto foi tirada em 2012.
         Sentado no batente da porta principal do casarão que um dia foi pisado por muitos coronéis.
    Essa era aonde funcionava o alambique da cachaça Mulatinha que foi fabricada aqui no tempo dos coronéis.
          Das casas de Patos Velho só resta as ruínas do casarão do Major Floro e esta aqui da cachaçaria, o resto o tempo impiedoso e a falta de zelo deixou que tudo isso fosse por terra abaixo.

Por Rena Bezerra.  

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

JUMENTOS INVADEM AS ESTRADAS DE SÃO JOSÉ DE PRINCESA.

Que o jumento é nosso "irmão", isso nós já sabemos desde o dia que o Padre Vieira falou e o compositor José Clementino juntamente com Luiz Gonzaga fizeram a música Apologia ao Jumento, mas também não é para tanto! A meses famílias de jumentos invadiram as estradas vicinais e até mesmo a PB-306 que aqui passa, pondo em risco a vida dos que trafegam com motos e carros. Eles sem nenhuma pressa ficam parados no meio da estrada, nas curvas e no acostamento, que aí aumenta mais o perigo, quando você menos espera um deles 'desembesta' e corre pro meio da estrada atrás de sua parceira para as carícias de amor.
          Todos nós sabemos também que eles fazem parte da história do sertão,  foi com eles que o sertanejo teve como enfrentar as dificuldades na labuta diária, como botar lenha para casa na cangalha, carregar água de longas distâncias de açudes e cacimbas nas ancorêtas, usar ele como montaria para encurtar as léguas do caminho e ainda comercializá-lo nas feiras livres para serem levados a outros estados para se transformarem em jabá (Isso foi antigamente), mas é que seus antigos donos não precisando mais do trabalho deles, soltaram-os nas estradas e eles sem ter o que comer no acostamento estão invadindo os quintais das casas atrás de alimentação e principalmente de água, por menos que seja o buraco nas cercas eles encontram em entram nas propriedades para praticarem suas desordens.
         Esses intrusos estão a meses da PB-306, entre o sítio Espinheiro Velho, passando pelo Sítio Cavaco, Alto dos Bezerras onde eles estão fazendo morada e acabando até com uma arborização que a prefeitura de São José de Princesa fez, com plantas caras, como palmeiras imperiais, bouganville (bulgaví) e casuarinas. Daí eles se estendem até os sítios Vazante, Simão, Inveja e ao povoado Saco dos Caçulas, destruindo tudo o que eles encontram pela frente em termos de arborizações e outras coisas mais.
         Pedimos a prefeitura que tome alguma providência com o caso, alugando um cercado que tenha água dentro e prenda esses "irmãos" inoportunos.

Fotos e Texto
Por Rena Bezerra

  

sábado, 7 de novembro de 2015

Não tendo folhas pra comer, camaleão chupa manga no sertão.

Setembro passou com outubro e já estamos em novembro, até agora as tão esperadas trovoadas ainda chegou por esse lado do sertão, mais precisamente no sudoeste paraibano. Na caatinga só vimos galhos secos e plantas sem folhas ficando difícil a sobrevivência dos animais que precisa dela para se manterem vivos. 
          Um caso curioso é o desse camaleão que chegou aqui no terreiro do sítio e não perdeu tempo quando encontrou uma manga parcialmente chupada jogada no meio do tempo e começou a chupá-la. Isso sem sombra de dúvida é um dos efeitos da seca que já se prolonga a quatro anos aqui no Nordeste.
       
          Se por aqui já certo que boi com sede bebe lama, nada demais olhar um camaleão chupando manga.
         Mas tomara que chova logo, tomara meu Deus tomara...!

Fotos e texto
Rena Bezerra

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Prefeitos das cidades polarizadas pela grande Princesa vão a São Paulo resolver problemas dos lixões.

Estiveram em São Paulo para buscar soluções e acabar com os lixões nas acidades por eles administradas
          A população precisa que esse problema de saúde pública seja resolvido o mais rápido possível. Já vem sendo empurrado com a barriga a anos e nada de concreto até agora foi feito. Muita conversa e pouca ação. Que dessa vez saia da teoria e venha de uma vez por todas para a prática.
         Os prefeitos das cidades de Água Branca ( Tarcísio Firmino), Juru (Luis Galvão), Tavares (Dr. Aílton) Princesa Isabel (Dominguinhos) e São José de Princesa que foi representado pela Vice-Prefeita Rúbia Diniz.
          Depois de tudo debatido com a população que já não ver a hora de se livrar desse grande mal que são os lixões nas entradas das cidades, esperamos que o aterro sanitário seja de uma vez por todas a solução para este problema tão insuportável e maléfico para o solo e para as pessoas que inertes ficam a mercê das autoridades competentes dos município afetados.

Foto: Tarcísio Firmino
Texto: Rena Bezerra

Meu terceiro trabalho em cordel, O Cangaceiro Meia-Noite ta já saindo.


          Desde pequeno eu sempre ouvia meu pai contar a briga que teve no Sítio Tataíra envolvendo o cangaceiro ‘Meia-Noite’ e os homens do Coronel Zé Pereira, aquilo me fascinava, mas nunca imaginei que fosse um dia contar tudo isso em cordel. Tornei-me rapaz, homem maduro e minha admiração pelas histórias do cangaço aumentaram com tanta intensidade que busquei saber a fundo como foi a passagem do Rei do Cangaço por essas bandas de São José de Princesa, onde foi certeza os ‘acoitos’ dados a eles na Vila de Patos de Irerê, Serra do Pau Ferrado, Saco dos Caçulas, e no sítio Tataíra.
          E foi no Sítio Tataíra que viveu um dos mais valentes cangaceiros já visto por este sertão, ‘Meia-Noite’ que depois de ser expulso do bando de Lampião foi viver com sua amada Zulmira como um cidadão comum. Só que ele tinha afrontado o Coronel José Pereira que era chefe da região de Princesa Isabel e terminou sendo perseguido e caçado como um fora da lei incapaz de viver inserido no meio das famílias da região.
          Dentro de minha pesquisa com pessoas mais velhas da região e com pessoas da localidade que sabem narrar o que ouviram dos antepassados surgiu uma dúvida no nome correto da mulher do cangaceiro Meia-Noite. Uns afirmaram que era Zulmira e outros dizem que realmente era Alexandrina Vieira. O que deu pra colher com minhas andanças e pesquisas é que Alexandrina Vieira realmente existiu e pode ter sido mesmo o nome de batismo da mulher do cangaceiro e que Zulmira pode ter sido uma alcunha, um apelido atribuído a essa destemida mulher que enfrentou as truculências da época e amou sem medo e sem segredo o temido cangaceiro ‘Meia-Noite”.  

                                     RENA BEZERRA
-Membro do Clube da Poesia Nordestina – Serra Talhada - PE