sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Meu terceiro trabalho em cordel, O Cangaceiro Meia-Noite ta já saindo.


          Desde pequeno eu sempre ouvia meu pai contar a briga que teve no Sítio Tataíra envolvendo o cangaceiro ‘Meia-Noite’ e os homens do Coronel Zé Pereira, aquilo me fascinava, mas nunca imaginei que fosse um dia contar tudo isso em cordel. Tornei-me rapaz, homem maduro e minha admiração pelas histórias do cangaço aumentaram com tanta intensidade que busquei saber a fundo como foi a passagem do Rei do Cangaço por essas bandas de São José de Princesa, onde foi certeza os ‘acoitos’ dados a eles na Vila de Patos de Irerê, Serra do Pau Ferrado, Saco dos Caçulas, e no sítio Tataíra.
          E foi no Sítio Tataíra que viveu um dos mais valentes cangaceiros já visto por este sertão, ‘Meia-Noite’ que depois de ser expulso do bando de Lampião foi viver com sua amada Zulmira como um cidadão comum. Só que ele tinha afrontado o Coronel José Pereira que era chefe da região de Princesa Isabel e terminou sendo perseguido e caçado como um fora da lei incapaz de viver inserido no meio das famílias da região.
          Dentro de minha pesquisa com pessoas mais velhas da região e com pessoas da localidade que sabem narrar o que ouviram dos antepassados surgiu uma dúvida no nome correto da mulher do cangaceiro Meia-Noite. Uns afirmaram que era Zulmira e outros dizem que realmente era Alexandrina Vieira. O que deu pra colher com minhas andanças e pesquisas é que Alexandrina Vieira realmente existiu e pode ter sido mesmo o nome de batismo da mulher do cangaceiro e que Zulmira pode ter sido uma alcunha, um apelido atribuído a essa destemida mulher que enfrentou as truculências da época e amou sem medo e sem segredo o temido cangaceiro ‘Meia-Noite”.  

                                     RENA BEZERRA
-Membro do Clube da Poesia Nordestina – Serra Talhada - PE



Um comentário:

  1. COMO ADQUIRIR ESTE CORDEL, POETA?
    Kydelmir Dantas
    Nova Floresta-PB

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