terça-feira, 10 de novembro de 2015

E um dia Patos de Irerê foi assim...

(Foto do acervo de Antonio Antas Dias)

          Eu não alcancei mais o famoso Patos Velho, quando me entendi de gente só restava o velho casarão do Major Floro Diniz, esse daí na frente, ele ainda estava intacto, em perfeito estado de conservação, uma beleza de patrimônio que tava ali a espera de algum órgão para continuar conservado. Nesse tempo aí da foto dar pra ver como era majestoso  o local, o velho vapor com a fábrica de óleo comestível, a fábrica de vinagre, o alambique de cachaça e o engenho de rapadura, tudo alí aos olhos do Major Florentino Rodrigues Diniz, o Major Floro.
         O tempo foi passando, veio a revolução de 1930, o casarão foi tomado pela polícia da Paraíba e serviu de cativeiro para as mulheres dos revolucionários como foi o caso de Xanduzinha esposa de Marcolino Pereira Diniz, o Caboclo Marcolino e Dona Mitonha esposa do valente Luis Do Triângulo um dos 'cabras' do Cel. Zé Pereira, é certo que o caboclo quase só brigou três dias e três noites para libertar seu grande amor das garras da polícia. com tudo isso o casarão continuou firme resistindo a tudo e a todos. Depois de abandonado tudo isso foi desmoronando sem que ninguém fizesse nada para conservar tão importante patrimônio histórico da nossa região. 
         Disso tudo aí sobrou só ruínas, como vou mostrar nas fotos de agora:
O velho casarão caindo aos poucos e sem mais as outras construções ao seu redor. Essa foto foi tirada em 2012.
         Sentado no batente da porta principal do casarão que um dia foi pisado por muitos coronéis.
    Essa era aonde funcionava o alambique da cachaça Mulatinha que foi fabricada aqui no tempo dos coronéis.
          Das casas de Patos Velho só resta as ruínas do casarão do Major Floro e esta aqui da cachaçaria, o resto o tempo impiedoso e a falta de zelo deixou que tudo isso fosse por terra abaixo.

Por Rena Bezerra.  

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