quinta-feira, 10 de agosto de 2017

O ADEUS DE EDELSON



O ADEUS DE EDELSON

Boêmio irremediável
Mecânico de qualquer frota,
Um sujeito bonachão
Sempre pronto na lorota,
Por aqui foi bom rapaz
Amante dos carnavais
E a vida inteira por Cota.

Apaixonado por política
Também tinha seu partido,
Sempre foi um “Boca preta”
Jamais fora corrompido,
Votava sem interesse
O seu partido era esse
Vitorioso ou perdido.

Mas Edelson era traído
Por seu pobre coração,
Vitima de um amor bandido
Muitas vezes foi ao chão,
Bebia para morrer
Mas jamais pôde esquecer
A sua grande paixão.

Igual a toda mulher
Cota tinha seu poder,
E o coração de Edelson
Ela fazia sofrer,
Mas ele jamais ligou
Toda vez que ela chamou
Ele vinha lhe atender.

E assim foram felizes
Eu tenho certeza disso,
Se Cota era perversa
Se Edelson foi omisso,
Só resta aqui relatar
Que nesse jeito de amar
Não tenho nada com isso!

Ele cumpriu a sentença
Hoje foi morar no céu,
Está deixando saudade
A turma do escarcéu,
Na cachaça, no amor
Aqui ele foi doutor
Cumprindo bem seu papel.

Que Deus lhe acolha bem
Embaixo de seus lençóis,
Hoje foi o grande encontro
De Edelson com a feroz,
Cedo ou tarde todos irão
Na mão ou na contramão
É caminho de todos nós.


Rena Bezerra

10/08/17

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