quarta-feira, 27 de maio de 2015

MEU CAVALO ASA BRANCA

Ligeiro como um foguete
Cauteloso com o gado,
Corre no campo aberto
E entra em mato fechado,
Campeão ele sempre foi
Pois nunca botou num boi
Pra num deixar encaretado.

Já corri limpo nos panos,
De gibão e chapéu de couro,
Derrubava a bezerrama
Vaca velha e muito touro,
Corri junto com xexéu
Ganhei medalha e troféu
De prata e banhado a ouro.

Nunca perdi uma corrida
Tenho o braço de lavanca,
Derrubei muita novilha
Que a bicha saia manca,
Ganhei em todo lugar
E quando eu morrer vou levar
O meu cavalo Asa Branca.

Vou deixar como lembrança
Meu gibão e meu chapéu,
Nas quebradas do sertão
Fui xerife e coronel,
Asa Branca vai sem medo
E eu vou correr mais “São Pedo”
Nas vaquejadas do céu.

Poeta
Rena Bezerra

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